da gota, o veneno...
Escorpiões no copo que o poeta bebeu
até a morte!
Onde estará o Outro, meu herói?
Do corpo, o excesso;
da alma, a falta...
A vontade desceu para além das constelações azuis...
Quem, além de Ti, arrotará o Império Astral?
Da palavra, a poesia;
da verdade, o espetáculo -
- cenas dantescas num quarto de hotel!
Em qual labirinto me perdi?
Da Antologia Poética Corpografia, de João Carlos de Souza Ribeiro, dedicado ao ícone máximo de modernismo luso, o escritor Mário de Sá-Carneiro.